O plenário do Senado confirmou neste sábado (1º) o acordo costurado pelo presidente recém-eleito, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), com Jair Bolsonaro (PL) e garantiu a vice-presidência ao senador Eduardo Gomes (PL-TO).
Mesmo tendo sido líder do governo Bolsonaro no Congresso, Eduardo Gomes integra a ala “centrão” do PL e é visto no Senado como um senador moderado. Na base do governo Lula (PT), pesou a avaliação de que ele não deve encampar os interesses do PL à revelia de Alcolumbre.
A votação também confirmou a indicação do senador Humberto Costa (PT-PE) para a segunda-vice-presidência. O PL tem a segunda maior bancada do Senado, com 14 senadores. O partido de Lula, por sua vez, tem a quarta, com 9.
O PL não escondia o trauma da eleição de 2023, quando acabou retaliado por enfrentar Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e lançar o ex-ministro de Bolsonaro Rogério Marinho (PL-RN) como presidente.
Com a derrota de Marinho, o partido ficou sem cargos na mesa diretora e sem comissões de peso — cenário que fez com que os senadores, nas palavras de Bolsonaro, ficassem “quase como zumbis”. Em troca de apoio, Alcolumbre prometeu ao grupo que dividiria os cargos de forma proporcional ao tamanho das bancadas.
Apesar do prestígio da segunda-vice-presidência (que, em tese, assume o comando na ausência do presidente e do primeiro-vice), um dos cargos mais cobiçados é a primeira-secretaria —conhecida como “prefeitura”, por cuidar da parte administrativa.
No Senado, o posto foi escolhido justamente pelo dono da maior bancada, o PSD. Com 15 senadores, o partido indicou Daniela Ribeiro (PB) como primeira-secretária. A segunda-secretaria ficou com o MDB, por meio do senador Confúcio Moura (RO).
Senado
- Presidência
Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) - 1ª vice-presidência
Eduardo Gomes (PL-TO) - 2ª vice-presidência
Humberto Costa (PT-PE) - 1ª Secretaria
Daniela Ribeiro (PSD-PB) - 2ª Secretaria
Confúcio Moura (MDB-RO)