A nova ministra da SRI (Secretaria de Relações Institucionais), Gleisi Hoffmann (PT-PR), convidou líderes da Câmara de partidos da esquerda para um almoço no Palácio do Planalto nesta terça-feira (11), um dia após ser empossada no cargo.
Foram convidados os líderes dos seguintes partidos: PT, PSOL, PDT, PSB, PC do B e PV. De acordo com um aliado da ministra, a ideia é que ela se reúna em outro momento com lideranças de outras siglas, fazendo encontros menores —em vez de uma grande reunião com todos os deputados.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), também participará. Antes do encontro, Guimarães disse que a ideia da reunião é “afinar a viola” na relação com o Congresso.
No começo do ano, o então ministro da SRI, Alexandre Padilha, se reuniu com líderes da Câmara e apresentou a pauta prioritária do governo no Congresso. Na ocasião, foram convidadas as lideranças de todos os partidos que integram a base do Executivo.
Na avaliação desse aliado de Gleisi, em conversas mais reservadas é possível ter um contato mais próximo com os líderes e atender às demandas de cada partido.
Ele diz ainda que é preciso uma “atenção especial” aos partidos que têm as maiores bancadas na Câmara e integram a base do governo Lula (PT), como União Brasil, PP, MDB, PSD e Republicanos, mas sem deixar de lado as siglas que estão mais alinhadas politicamente com o governo.
Em 2022, a esquerda elegeu pouco mais de 100 das 513 cadeiras da Câmara. Diante desse cenário, o presidente da República distribuiu ministérios para partidos do centro e da centro-direita, na tentativa de construir uma base no Congresso.
Na cerimônia de posse, na segunda, Gleisi acenou ao Congresso, aos presidentes da Câmara e do Senado e disse que chegou “para somar”, dialogando com as forças políticas do Legislativo. Em outro momento, falou em “respeitar adversários” e em “colaborar com todos”.
A indicação de Gleisi para o posto mais importante da relação entre Executivo e Legislativo gerou desconfiança no meio político pela trajetória da petista, que tem histórico de atritos com parlamentares.
A cúpula da Câmara queria indicar um nome do centrão para o posto, o que não foi aceito pelo presidente da República. Apesar disso, a ministra mantém boa relação com o entorno do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Segundo um aliado de Gleisi, desde que foi anunciada ministra ela tem dialogado frequentemente com Motta e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Os dois políticos estiveram na posse da ministra.
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