A mensagem do presidente Lula lembrando os 80 anos da liberação do campo de concentração de Auschwitz, nesta segunda-feira (27), foi pensada como uma sinalização de trégua junto a representantes da comunidade judaica, segundo pessoas próximas.
“Auschwitz foi o palco de uma brutalidade indescritível, onde pereceram 1 milhão dos 6 milhões de judeus que perderam suas vidas sob a barbárie do regime nazista de Hitler”, escreveu o presidente em texto postado em suas redes.
A relação de Lula com os judeus brasileiros, especialmente com a Conib, entidade que representa a comunidade, está abalada desde o ano passado, quando o presidente comparou os ataques de Israel à Faixa de Gaza ao Holocausto.
Segundo interlocutores do petista, ele mantém suas críticas à ação militar, na qual mais de 40 mil palestinos foram mortos, mas avalia que é hora de fazer um gesto. O contexto no Oriente Médio, em que entrou em vigor um cessar-fogo e está em curso um processo de liberação de reféns pelo Hamas e de prisioneiros palestinos por Israel, é visto como propício para isso.
Para o advogado Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo jurídico Prerrogativas, a declaração do presidente “é uma demonstração inequívoca da sensibilidade que ele tem com a dor dos povos”. “Ele continua trabalhando incansavelmente para que episódios como o Holocausto não se repitam na história do mundo, da civilização”.
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