Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que são citados na delação do tenente-coronel Mauro Cid viram na íntegra do documento reforço para o argumento de inexistência de uma organização criminosa que pretendia dar um golpe de Estado.
Na avaliação de bolsonaristas, Cid descreve um entorno confuso do ex-presidente, com três grupos maiores e subdivisões, dando opiniões conflitantes. Ou seja, sem que houvesse uma estratégia organizada.
Um trecho diz que “a parte mais radical não era um grupo organizado, eram pessoas que se encontravam com o presidente, esporadicamente, com a intenção de exigir uma atuação mais contundente [de Bolsonaro]”.
Outra fragilidade apontada é o fato de personagens da delação transitarem de um grupo para outro, caso do general Estevam Theophilo, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres, que é descrito como moderado agora e foi chamado de radical anteriormente.
Por fim, chamou a atenção o fato de Cid ter citado personagens secundários do bolsonarismo na delação como protagonistas das discussões, como o ex-secretário de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia, e o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS).
A avaliação é que o ex-ajudante de ordens fez isso para confundir a investigação e desviar o foco de aliados no meio militar.
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